Há pouco mais de nove anos, eu soube que em breve estrearia nos cinemas Harry Potter e A Pedra Filosofal, adaptação cinematográfica do primeiro livro da série que havia estourado pelo mundo. Eu tinha interesse em ler os livros, mas ainda não tinha tido oportunidade. Então, com a proximidade do filme, arrumei o primeiro volume emprestado. Li, gostei bastante, depois assisti ao longa e achei ótimo. Então um ano se passou e quando me dei conta Harry Potter e A Câmara Secreta estava estreando e eu nem tinha lido o segundo livro. Conferi o filme assim mesmo e saí bobo da sala de projeção! E desesperado para ler! No mesmo dia baixei na Internet o livro e seus dois sucessores. Em meio a aulas da faculdade li A Câmara Secreta em um dia, O Prisioneiro de Azkabam em dois e O Cálice de Fogo em três. Sim, no PC. =P E nem era PDF, era no formato do Help do Windows, terrível! Mas essa minha mania de mergulhar de cabeça quando algo me atrai me impediu de esperar e a imersão no universo criado por J. K. Rowling me tornou praticamente um fã. Comprei os quatro volumes e de lá pra cá acompanhei os lançamentos dos três livros finais e de todos os longas, conferindo-os sempre na primeira sessão disponível.
Pois bem, é com esse background que afirmo ser muito triste o iminente desfecho das novidades sobre Harry Potter. Após o fim dos livros, ficou um vácuo. Mas ao menos tínhamos os filmes. Mas agora até estes se aproximam do final, agendado para 15 de julho de 2011. Com o pesar que essa despedida me acarretou, entrei nessa madrugada na sala de cinema para conferir a primeira parte dAs Relíquias da Morte. Claro, antes de mais nada, eu reli o livro essa semana, para deixar as cenas frescas na memória e identificar novidades, alterações e cortes.
Tranquilizo-os: o filme é muito competente! Poucos cortes de cenas do livro, algumas inovações, em geral benéficas, e muito empenho. O trio de protagonistas nunca esteve tão bem, e começo a crer que toda a carga exigida nesses dez anos de filmagem deve tê-los capacitado a encarar quaisquer desafios que suas futuras carreiras possam oferecer. Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson encarnam os personagens. Eu realmente não sou mais capaz de ler os livros sem que os três interpretem na minha mente as cenas. Também não preciso comentar o elenco de apoio, pois não há uma franquia cinematográfica que reúna mais talentos por metro quadrado do que Harry Potter. O grande destaque aqui talvez vá para Ralph Fiennes, que torna Voldemort mais e mais assustador a cada filme.
A parte técnica também não desaponta: trilha sonora eficaz e tensa; fotografia sombria o bastante para nos permitir ter um pouco de medo junto com os personagens; direção de arte interessantíssima, ao fugir de Hogwarts pela primeira vez durante todo um longa, buscando paisagens bucólicas do Reino Unido, com tal grau de isolamento que reforça a sensação de que os três estão realmente sós nessa jornada.
Pois bem, é com esse background que afirmo ser muito triste o iminente desfecho das novidades sobre Harry Potter. Após o fim dos livros, ficou um vácuo. Mas ao menos tínhamos os filmes. Mas agora até estes se aproximam do final, agendado para 15 de julho de 2011. Com o pesar que essa despedida me acarretou, entrei nessa madrugada na sala de cinema para conferir a primeira parte dAs Relíquias da Morte. Claro, antes de mais nada, eu reli o livro essa semana, para deixar as cenas frescas na memória e identificar novidades, alterações e cortes.
Tranquilizo-os: o filme é muito competente! Poucos cortes de cenas do livro, algumas inovações, em geral benéficas, e muito empenho. O trio de protagonistas nunca esteve tão bem, e começo a crer que toda a carga exigida nesses dez anos de filmagem deve tê-los capacitado a encarar quaisquer desafios que suas futuras carreiras possam oferecer. Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson encarnam os personagens. Eu realmente não sou mais capaz de ler os livros sem que os três interpretem na minha mente as cenas. Também não preciso comentar o elenco de apoio, pois não há uma franquia cinematográfica que reúna mais talentos por metro quadrado do que Harry Potter. O grande destaque aqui talvez vá para Ralph Fiennes, que torna Voldemort mais e mais assustador a cada filme.
A parte técnica também não desaponta: trilha sonora eficaz e tensa; fotografia sombria o bastante para nos permitir ter um pouco de medo junto com os personagens; direção de arte interessantíssima, ao fugir de Hogwarts pela primeira vez durante todo um longa, buscando paisagens bucólicas do Reino Unido, com tal grau de isolamento que reforça a sensação de que os três estão realmente sós nessa jornada.
AVISO: PODE CONTER SPOILERS, NÃO LEIA ANTES DE VER O FILME
Obviamente, nem tudo são flores. Enxergo pequenos problemas, que não afetam a qualidade da obra, mas que vou destacar:
- Parece ser impossível não tornar os longas apressados. Cenas como a infiltração no Ministério da Magia ficaram tão resumidas, que quando eles saíram eu pensei "já?". E no livro temos a impressão de que eles ficam muito tempo na casa de Sirius, enquanto o filme faz parecer que foram dois ou três dias apenas;
- Pelos céus, cadê a capa da invisibilidade de Harry? Enquanto eu relia o livro, pensei "ah, eles têm evitado a capa filme após filme, mas nesse será impossível, afinal Harry a utiliza O TEMPO TODO". E não é que ainda assim a deixaram de lado? Nem acreditei;
- A resolução dada para problemas gerados por cenas cortadas em filmes anteriores ficou esquisita: Gui e Mundungo são os principais exemplos. E Fleur, que apesar de aparecer, creio que nem foi citada? Eu tive que explicar pro meu amigo não-leitor que ela e o irmão de Rony iam casar e tal, até porque a cena do casamento foi bem encolhida;
- Só eu achei o encerramento muito brusco? Tipo... ok, Dobby morreu, que triste e tal, e Voldemort pegou a varinha, e bam! Eu acredito que teria ficado bem melhor se Harry tivesse conversado com Olivaras após o funeral de Dobby, ou pelo menos com Grampo, que mal abriu a boca. Tanto as duas conversas serviriam para retirar o público da tristeza pela morte do elfo, reduzir o ritmo para o fim, como ainda gerariam uma expectativa bem maior para a Parte II. E a ceninha de Voldemort ficaria no fim mesmo.
FIM DOS SPOILERS
Bom, daqui a alguns dias, ou semanas, vou ao cinema ver mais uma vez para captar detalhes e, quem sabe, mudar de opinião sobre algum ponto. E é isso. Hora de aceitar que depois de 15 de julho a franquia Harry Potter não terá mais novidades.