segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

São Paulo

Nasci na terra da garoa e, apesar de ter residido dos 7 aos 24 anos em Campina Grande, na Paraíba que, aliás, é a terra dos meus pais e de toda a família, prezo muito a capital paulista, minha terrinha. De tempos em tempos, gosto de visitá-la e rever meus lugares favoritos.
Estive por lá entre a noite do dia 18 e a do dia 22. Foi uma viagem muito corrida, pois meu amigo Cláudio nunca tinha ido à cidade, e decidi mostrá-lo os principais pontos turísticos. Faço deste post um pequeno diário da viagem.

Quinta 18/12
17:00 - saída do trabalho, encontro no ponto de ônibus, um para a rodoviária e outro de lá para o aeroporto.
18:10 - check-in no aeroporto
18:30 - lanche no Bob's e visita ao WC
19:10 - horário em que o vôo deveria decolar
20:30 - horário em que realmente decolou e que deveria estar chegando em SP
21:50 - vôo aterrisa em Congonhas
22:20 - finalmente com a bagagem, táxi para o apartamento do amigo que nos hospedou

(a caminho de Sampa)


Sexta 19/12
09:45 - saída do apartamento para fazer turismo, metrô para a estação São Bento
10:15 - compra de capas de chuva na 25 de Março, prevenção para o show
10:40 - visita ao Mosteiro São Bento
11:30 - visita ao Pátio do Colégio, incluindo a Igreja do Pe. Anchieta
12:00 - visita à Catedral da Sé
12:30 - Rua Direita, Viaduto do Chá, Teatro Municipal (fechado, visitamos apenas a bilheteria, nunca tive a oportunidade de conhecê-lo por dentro)
13:00 - Shopping Light, almoço
14:00 - Vale do Anhangabaú, Feira da Natividade (incluindo um presépio meio japonês)
14:30 - Largo São Francisco, exposição de presépios
15:30 - sequência de ônibus para o Museu do Ipiranga
16:00 - Monumento da Independência, história de sua construção, restos mortais de D. Pedro I e da Rainha Leopoldina
16:30 - Museu do Ipiranga
17:15 - ônibus para o metrô, metrô para Paulista
18:00 - Shopping Center 3, Av. Paulista (mini-lanche)
20:30 - encontro com Fred e Gustavo (amigos paulistanos)
21:00 - Pizzaria Piola
00:30 - Fred nos deixa no apartamento

(Imagem do Mosteiro São Bento)

(pedaço do muro histórico do Pátio do Colégio, berço de São Paulo)

(mosaico na Catedral da Sé)

(presépio na exposição do Largo São Francisco)

(Monumento da Independência)

(eu, Gustavo e Fred, Pizzaria Piola)


Sábado 20/12
10:15 - saída do apartamento para o metrô
10:45 - Estação da Luz
11:00 - Museu da Língua Portuguesa
13:30 - Jardim da Luz
14:30 - apartamento, troca de roupa para o show
15:15 - Shopping Center 3, almoço
16:00 - encontro com Fred para ir ao Estádio
17:00 - chegada ao Morumbi
18:15 - entrada no estádio
20:00 - show do DJ Paul Oakenfold
21:30 - show da Madonna
00:00 - reencontro com Fred (ele e o Gustavo estavam em outro setor do show)
00:45 - irmã do Fred nos busca
01:15 - Burger King
02:30 - Fred nos deixa no apartamento

(Estação da Luz)

(palco do show às 18:30)


Domingo 21/12
11:20 - saída do apartamento para o metrô
12:00 - encontro com Giu (amiga paulistana) na estação Liberdade
12:15 - passeio pela feira da Liberdade, mercado japonês, loja de cosméticos
14:00 - almoço em restaurante oriental na Liberdade
15:00 - passeio em galeria da Liberdade
18:00 - metrô para Shopping Santa Cruz
19:10 - cinema (Crepúsculo)
21:00 - lanche no shopping
22:45 - volta ao apartamento

(eu e Cláudio no Shopping Santa Cruz)

(eu e Giu)


Segunda 22/12
08:30 - arrumação de malas
09:30 - saída do apartamento para turismo (sem as malas)
10:00 - Igreja Santa Ifigênia (onde meus pais se casaram)
10:30 - Mercado Municipal
11:00 - famoso sanduíche de mortadela (só eu, Cláudio não quis)
11:50 - metrô para a estação Brigadeiro
12:10 - ônibus na Brigadeiro para o Parque Ibirapuera
12:20 - Parque Ibirapuera
13:15 - ônibus para a Paulista
13:30 - Shopping Pátio Paulista, almoço com Fred e Rê (amigos paulistanos)
15:15 - metrô para o apartamento
16:45 - táxi para Congonhas
17:50 - ônibus da Gol - translado Congonhas-Cumbica
20:10 - Cumbica, fila do check-in
21:40 - final do check-in, vôo originalmente programado para 21:30, já atrasado para as 23:00
22:15 - McDonalds
00:30 - finalmente vôo decola
01:50 - aterrisagem em Brasília
02:20 - táxi para casa
03:30 - finalmente na cama

(interior da Igreja Santa Ifigênia)

(Mercado Municipal)

(árvore de Natal do Ibirapuera)

(ponte sobre o lago do Ibirapuera)

(minha amada e cinzenta metrópole vista do Ibirapuera)

(com Rê e Chris na decoração de natal do Shopping Pátio Paulista)



A viagem foi ótima, amo São Paulo e espero voltar em breve. =)

Desejo a todos vocês um excelente 2009, repleto de paz e prosperidade! Lutem para realizar seus sonhos! Batalhem por um mundo melhor!

(entre os dias 30 e 4 estarei viajando novamente, então não estranhem meu sumiço dos comentários em seus blogs. Após o meu retorno, um post com os melhores de 2008)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Madonna: Sticky & Sweet Tour

Minha aventura no show da Madonna ocorreu no último dia 20, em São Paulo. Meu amigo Fred me deu carona até o Morumbi (ele também foi para o show, mas ficou na Pista e eu na Arquibancada) e chegamos às 17hs, instante em que os portões se abririam. Fui com meu amigo Cláudio caçar o Portão 6, onde entrariam as pessoas para a nossa Arquibancada. A fila estava gigantesca, eu apostaria cerca de 1km de extensão. =P Os primeiros já estavam entrando, mas... ela praticamente dava a volta no estádio e no clube do São Paulo. Bem, às 18:15 finalmente conseguimos entrar no estádio. Ainda tinha muitos lugares vagos e encontramos 2 interessantes, bem de frente pro palco. O rapaz do lado disse que estavam guardando para nós quando perguntei se estavam ocupados esses lugares, hehehe. Começou então o trecho da espera. Ida ao WC. Compra de sanduíches. Bate-papo com o rapaz e sua amiga, muito simpáticos e que nos emprestaram o binóculo para ver a Madonna de perto.

(Tirada no celular: sentado no meu lugar, de frente para o palco)

O tempo estava estranho, prometia chuva. Logo as nuvens se aproximaram, escureceu tudo, e vestiram todos suas capas de chuva. Às 20:00, horário marcado para o show da diva, entrou o DJ Paul Oakenfold, para abrir o espetáculo. Seu set foi muito mediano, com uma ou outra música interessante, e não empolgou o pessoal. Começou uma garoa, aumentou um pouco, mas não chegou a ser uma chuva de verdade, e quando todos menos esperavam, as nuvens tinham ido embora e ao apagar das luzes para o início do espetáculo, pudemos inclusive ver o céu estrelado (na medida do possível para São Paulo, hehehehe).

Às 21:30 começou o show. O magnífico telão cilíndrico desceu, anunciando Candy Shop. Logo ele se fatiou e Madonna apareceu, no girar do trono da Rainha do Pop. O estádio foi abaixo. A gritaria era imensa e a sensação de estar ali já me deixou satisfeito. Pulei do início ao fim do show, e foi maravilhoso. Como não sou grande fã do cd Hard Candy, a base da turnê com 9 músicas no show, destaco os três mega-hits Music, Ray of Light e Hung Up, que me deixaram rouco de tanto cantar alto, e as clássicas Vogue, Into the Groove, La Isla Bonita e Like A Prayer (além de You Must Love Me, da trilha sonora de Evita, muito bonita). Das novas, destaco as apresentações de She's Not Me, Devil Wouldn't Recognize You, Miles Away e Give It 2 Me. O destaque máximo é a supracitada Devil Wouldn't Recognize You, na qual o telão cilíndrico desce, Madonna surge dentro dele, e ele se torna semi-transparente. Podemos vê-la cantando dentro do telão, mas também belíssimos efeitos de água exibidos ao seu redor. Fantástico!
A produção é impecável do início ao fim e o show certamente vale a pena. Vi alguns momentos no binóculo do meu vizinho de Arquibancada, outros no telão e alguns olhando para o palco mesmo. Não dá para ver tudo, mas vale a pena. Na pista houve muito empurra-empurra, fora a espera de horas até o show começar, que eu curti sentado numa espécie de cadeira só com o assento. Anseio agora pelo DVD para curtir melhor os momentos. Mas a energia do show é indescritível.

Deixo-os com algumas fotos do show retiradas da Internet.








Feliz Natal para todos! Devo postar até segunda um resumo da viagem, e no início do ano os tradicionais TOPs.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Livro, série e show

As Memórias do Livro

Fui extremamente felizardo no amigo secreto/oculto de final de ano da empresa. Tirei um colega da mesma equipe que tinha gritado aos ventos que precisava de camisetas, então observei bem o gosto pessoal do mesmo e dei-lhe uma camiseta um pouco acima da faixa estipulada, mas muito ligeiramente, e é um bom colega. Claro que eu sabia que corria o risco de ser tirado por algum desconhecido e ganhar algo péssimo. Para a minha sorte, outra colega de equipe (que senta ao meu lado) me sorteou! Me deu três chocolatinhos fabulosos da Kopenhagen e um belo livro, que comecei a devorar no mesmo dia. Chama-se As Memórias do Livro, e foi escrito pela australiana Geraldine Brooks, ex-repórter e vencedora de um pullitzer por seu livro anterior.
O livro conta a história de Hanna Heath, uma restauradora (ou conservadora, como ela prefere) de livros que é escolhida pela ONU para estudar e restaurar um antigo manuscrito judaico recém-encontrado. O manuscrito é uma Hagadá, um texto utilizado pelos judeus na época do Pesach (a páscoa). A história é baseada na verídica Hagadá de Sarajevo, desaparecida em meio a inúmeras guerras que a Bósnia atravessou e reencontrada há alguns anos. A autora pôde ver de perto o manuscrito e algumas das imagens descritas realmente pertencem à obra. Todavia, a maior parte do fundo histórico é ficcional.
Hanna se propõe a descobrir as origens do livro e a sua história, de acordo com evidências encontradas, em um trabalho que se assemelha ao de um perito das inteligências policiais. A partir de uma asa de mariposa, uma mancha vermelha, um resíduo de sal, um fio branco e um detalhe estranho sobre os fechos, Hanna começa a reconstruir os passos realizados por tão importante documento. A narrativa ocasionalmente interrompe as investigações de Hanna para narrar trechos dos fatos ocorridos em inúmeras épocas, todos relacionados à sobrevivência da Hagadá.
Excelente obra, um dos melhores livros do ano, sem dúvidas. Recomendo!




Dexter

Acabo de assistir ao último episódio da terceira temporada de Dexter. Fui reticente inicialmente em assistir a uma série cujo protagonista era um serial killer. Mas tantos amigos me elogiaram que resolvi tentar. Assisti às duas primeiras temporadas ainda esse ano, um episódio atrás do outro, vorazmente buscando o final. As tramas são inteligentíssimas, os personagens muito bem caracterizados (destaque especial para o próprio Dexter, sua irmã Debra e o responsável policial Angel Batista) e o sentimento de urgência percorre as temporadas de uma ponta a outra.
Esta terceira temporada não é a melhor das três. Mas variou sutilmente o tema e evoluíu a história do serial killer a pontos antes não cogitados. E concluíu espetacularmente, como de costume. Dexter é um serial killer, mas porque precisa ser. Mata apenas assassinos que permanecem em liberdade, e possui um código de honra rigoroso, que o impede de machucar inocentes. É uma série excelente, com tramas muito bem delineadas e focada sobretudo nas relações entre os personagens.
Tem algumas cenas fortes, mas a maior parte fica sub-entendida. Série extremamente original, não é possível compará-la com muitas outras.




Madonna

Sábado estarei no Morumbi em São Paulo prestigiando o show da Sticky & Sweet Tour da Madonna. Uau! Eu, num show da Madonna! Uau! Acho que minha ficha só vai cair quando ela aparecer no palco, de cartola e bengala, no trono que marca a apresentação inicial.
Viajo quinta à noite para Sampa e volto na segunda à noite. Depois de voltar terei dois posts para fazer: um sobre o show, e outro sobre os passeios na verdadeira Cidade Maravilhosa (desculpe, Denise, e outros eventuais cariocas de passagem pelo blog, hehehehe, mas eu amo São Paulo).

domingo, 7 de dezembro de 2008

A Duquesa


Ontem assisti no cinema ao filme A Duquesa (The Duchess, 2008, dirigido por Saul Dibb). Keira Knightley, com sua aparente predileção por papéis de época, interpreta Georgiana, a histórica Duquesa de Devonshire entre 1774 e 1806, de quem descendia a conhecida Lady Diana do nosso tempo. O Duque de Devonshire é um título importante da Inglaterra, e é passado geneticamente há séculos. Hoje ainda existe um Duque de Devonshire, mas esses cargos da nobreza britânica atualmente não servem de muita coisa.
Georgiana casou com William Cavendish, o Duque, ainda muito nova. Seu marido, interpretado de forma contida (mas brilhante, como de hábito) por Ralph Fiennes, era um homem sério e que pouco demonstrava seus sentimentos (em suma, um inglês típico, hehehe).
Pergunto-lhes: por que a esmagadora maioria dos filmes ambientados na corte da Idade Moderna européia precisam tratar de herdeiros e sucessão? Quase todos os filmes de reis versam em algum momento sobre essa necessidade. Este não é sobre um rei, mas também tem parte do seu enredo devotada à necessidade de Georgiana dar um filho homem ao Duque.
O filme é ótimo, embora não excelente, graças à sua história cativante, aos personagens curiosos (difícil não admirar as habilidades sócio-políticas de Georgiana, ou a personalidade silenciosa de William, ou ainda a vitalidade de Bess, uma amiga de Georgiana), às boas atuações e aos aspectos técnicos corretos. Destaco o figurino, que certamente merecia uma indicação ao Oscar, sobretudo pelos inúmeros vestidos e penteados usados pela Duquesa, cada um mais espetacular que o anterior. O trabalho de cenografia é também muito bom, suponho que tenham usado os lugares reais como locações. A fotografia e a trilha sonora não apresentam maiores inovações, e a direção é razoável.

4 estrelas em 5


(P.S.: imagino que meu amigo Gilvan vá comentar o fato no Papos Pops, mas parabéns ao São Paulo pelo hexacampeonato!)

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sandman

Meu contato com revistas em quadrinhos se deu quando eu ainda era bastante novo. Meu pai me ensinou a ler aos 2 anos e meio e não foi muito após essa data que começou a comprar quadrinhos Disney para mim. Eu conto então que coleciono quadrinhos desde os 3 anos de idade (sim, ainda tenho grande parte das revistas que comprei naquela época), e isso dá quase 23 anos de quadrinhos, montando uma coleção que deve estar beirando as 1500 revistas.
Mas não é só aos quadrinhos em papel que devo meu conhecimento sobre essa mídia. Não fossem os digitais (algumas vezes scaneados das editoras brasileiras, e na maioria traduzidos de scans americanos) e eu talvez não tivesse tido contato com Alan Moore, Neil Gaiman, Frank Miller, Will Eisner e todas as obras que estes produziram.
Das grandes obras dos quadrinhos, talvez minha maior lástima fosse não ter lido ainda os 75 elogiadíssimos volumes de Sandman, escritos por Neil Gaiman e desenhados por vários artistas. Então, essa semana eu finalmente concluí a leitura dos volumes da série principal e de todas as minisséries relacionadas às quais tive acesso.
Muita gente conhece a DC Comics sobretudo por sua trindade de ícones: Super-Homem, Batman e Mulher Maravilha. Mas a DC possui outros heróis mais obscuros, sendo um destes Sandman, um herói dos anos 70 que vivia na dimensão dos sonhos e salvava as crianças de seus pesadelos. No final dos anos 80, a DC dá a Neil Gaiman a incumbência de reinventar o personagem.
Gaiman deixa o antigo Sandman de lado e cria Os Perpétuos, sete seres irmãos que não são deuses, mas existem desde os primórdios do tempo e são responsáveis por reger alguns aspectos da vida no Universo. São eles, em ordem de idade: Destiny (Destino), Death (Morte), Dream (Sonho), Destruction (Destruição), Despair (Desespero), Desire (Desejo) e Delirium (Delírio).
Sonho é o protagonista da série Sandman, sendo o mestre do Sonhar, o reino onírico para o qual todos vamos quando dormimos. Sonho tem vários nomes, sendo Morpheus o mais conhecido deles. De todos os seus irmãos, Morte é a mais conhecida, tendo ganho duas minisséries, ambas escritas por Gaiman.
Unindo mitologias diversas, contos de fadas e muita criatividade, Sandman é uma revista memorável, na qual até os coadjuvantes são tridimensionais e possuem uma história por trás.
As 75 edições passam voando, em uma sequência fabulosa de eventos que conclui apropriadamente. Recomendo a todos a leitura deste marco da nona arte, que finalmente me fez dar ao celebrado Neil Gaiman o seu merecido reconhecimento. Eu já tinha lido várias de suas obras e gostava, sobretudo de sua simpatia (já veio ao Brasil várias vezes, tendo inclusive sido um dos convidados do festival literário que ocorre em Parati neste ano), mas também de suas capacidades narrativas, sempre bolando histórias com base mitológica e em contos de fadas. Mas nenhum de seus trabalhos se compara a Sandman.
Porém, devo dizer que entre os sete perpétuos, meus preferidos são a doce Delírio e a simpática Morte, famosa por sua aparência gótica.
Deixo-os com algumas imagens, como de costume. (Direitos autorais da DC Comics, mas imagens encontradas pelo Google)

(Morte, saboreando seu café)

(um dos mais famosos desenhos da Morte, por Chris Bachalo)

(Delírio assume inúmeras aparências, mantendo apenas seu estilo desgrenhado e mal-vestido e seus olhos bicolores - um azul e um verde)

(outra imagem de Delírio)

(Uma versão em Super Deformed dos Perpétuos. Da esquerda para a direita: Desejo (não é homem nem mulher, pode ser ambos), Desespero (irmã gêmea de Desejo), Delírio, Sonho, Morte, Destino e Destruição)

domingo, 23 de novembro de 2008

Olga Kurylenko

Ok, é oficial. Eu estou apaixonado.
Apresento-lhes Olga Kurylenko, a nova Bond girl, e coadjuvante do filme Max Payne, uma ex-modelo ucraniana de 29 anos que acaba de se tornar minha nova paixão platônica. Dona de uma beleza exótica capitaneada por grandes olhos esverdeados, alguns traços no rosto de Olga me lembram de uma das grandes paixões da minha vida até então, e talvez graças a essa similaridade ela seja atraente para mim.
Bom, sem mais delongas, deixo-os com algumas fotos.





quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Festival Internacional de Cinema de Brasília

De 29 de outubro a 9 de novembro ocorreu o X Festival Internacional de Cinema de Brasília. Infelizmente, tive dias muito corridos e, graças à pouca divulgação, soube do festival no dia em que se iniciou e, portanto, não pude me programar com antecedência nem desprogramar a viagem à Goiânia do post anterior.
Portanto, dos cerca de 130 exibidos na Mostra, pude ver apenas 11 filmes, sendo um curta-metragem, dois documentários e oito películas tradicionais. Faço abaixo uma pequena resenha de cada um dos filmes assistidos, pegando emprestado o estilo utilizado pelo crítico Pablo Villaça ao descrever os filmes vistos na Mostra de SP.

(X FIC)

1) Pajerama (Idem, Brasil, 2008). Dirigido por Leonardo Cadaval.
Curta-metragem em animação de boa qualidade gráfica sobre um indiozinho que anda a esmo pela floresta atravessando experiências surreais sobre o futuro das matas. Bonitinho e bem-intencionado, mas não me cativou o suficiente.
(2 estrelas em 5)

2) Vicky Cristina Barcelona (Idem, Espanha/EUA, 2008). Dirigido por Woody Allen. Com: Rebecca Hall, Scarlett Johansson, Patricia Clarkson, Javier Bardem e Penélope Cruz.
Não sei se é coincidência, gosto pessoal, ou se dou sorte com os filmes de Woody Allen. Quando ele começou a produzir em Londres, assisti ao excelente (e elogiado) Match Point. Depois não vi Scoop nem O Sonho de Cassandra, ambos extremamente criticados. E antes de assistir ao seu mais novo trabalho, agora realizado em Barcelona, li diversos elogios à obra. Pois digo que é um filme delicioso. Conta a história de Vicky (Hall) e Cristina (Johansson), duas amigas americanas que vão passar o verão em Barcelona. Vicky é noiva e Cristina encerrou um relacionamento e busca se contentar com algo. Ela não sabe o que deseja no amor, mas diz saber o que não quer. Logo, as duas conhecem o pintor Juan Antonio (Bardem, com mais um desempenho magnífico atrás do outro nas telonas), um sedutor espanhol que, a princípio, se interessa igualmente pelas duas. O pintor não esconde seu grande amor do passado, Maria Elena (Cruz), mas revela o desejo real de seguir adiante.
Como de costume em seus melhores trabalhos, Allen se dedica a analisar os sentimentos humanos e como eles se comportam diante de determinadas situações, sem, é claro, se esquivar de tratar tudo com seu habitual bom-humor, aqui com sotaque hispânico.
Um filme divertido e apaixonante, com destaque para o carismático personagem de Bardem e para a paixão com que vários dos personagens se dedicam à arte (seja à produzida por seu talento, seja à gerada pelos seus sentimentos).
O melhor dos 11 filmes que assisti no Festival.
(5 estrelas em 5)

3) Quando Você Viu Seu Pai Pela Última Vez? (And When Did You Last See Your Father?, Reino Unido/Irlanda, 2007). Dirigido por Anand Tucker. Com: Colin Firth, Jim Broadbent , Juliet Stevenson, Elaine Cassidy e Gina McKee.
A tocante história de Blake (Firth), um homem que parece ter rompido os sentimentos bons que um dia tinha nutrido por seu pai (Broadbent), e que acaba relembrando os bons e maus momentos que vivenciou com ele quando descobre que o velho possui câncer terminal e pode falecer a qualquer instante.
Firth surpreende, atuando bem em um drama, embora representar um inglês contido sendo um não deva ser tão difícil, mas é mesmo o respeitado Jim Broadbent que rouba a cena, apresentando uma magnífica atuação, digna de prêmios. O longa conta ainda com a pouco conhecida Elaine Cassidy, que chama a atenção pelos seus profundos e cativantes olhos.
Ótimo filme, ótimas paisagens inglesas, ótimos questionamentos. Me faz repensar se é certo da minha parte estar há 14 anos sem ver meu pai (e sem buscar fazê-lo).
(4 estrelas em 5)

4) Fabricando Polêmica - Desmascarando Michael Moore (Manufacturing Dissent - Uncovering Michael Moore, Canadá, 2007). Dirigido por Rick Caine e Debbie Melnyk.
Eu já tinha ouvido rumores sobre Michael Moore forjar diversas situações em seus documentários. Este documentário canadense conta um pouco da história de Mike (como era conhecido pelos amigos em Flint, sua cidade natal) e de como obteve fama. Os autores eram fãs do documentarista e queriam narrar a sua história, mas o que foram descobrindo acabou dando ao documentário um tom negativo.
Moore ficou famoso com o documentário Roger e Eu, no qual tenta conversar com o presidente da General Motors para tratar do fechamento da fábrica em Flint. O documentário de Moore apresenta os fatos como se ele nunca tivesse conseguido falar com Roger Smith, mas a verdade é que por duas ocasiões o presidente lhe concedeu entrevistas.
O documentário prossegue apresentando inúmeros fatos que comprovam a manipulação feita por Moore para, por exemplo, parecer que certas frases foram ditas em um determinado contexto quando na verdade foram ditas em outro completamente diferente. Algo semelhante ao trabalho feito por alguns órgãos da mídia.
Não deixo de reconhecer a importância de Moore para a imagem negativa do Presidente Bush e talvez até ele tenha sido indiretamente influente para a eleição de Obama, mas a verdade é que ele não parece ter desejado a vitória dos democratas em momento algum, ou perderia seu emprego de anti-republicano.
Apesar da relevância de suas revelações, o documentário peca ao não ter fluidez, tornando-se enfadonho em alguns momentos.
Se desejam ver verdades sobre o 11 de setembro, ao invés de assistirem ao fabricado Farenheit 9/11, vejam o excelente Zeitgeist.
Os documentaristas estavam presente nas sessões do filme e disponíveis para retirada de dúvidas e debates.
(2 estrelas em 5)

5) Sinédoque, Nova Iorque (Synecdoche, New York, EUA, 2008). Dirigido por Charlie Kaufman. Com: Philip Seymour Hoffman, Catherine Keener, Michelle Williams, Samantha Morton e Emily Watson.
Charlie Kaufman é um dos mais geniais roteiristas de cinema da atualidade, sem sombra de dúvidas. Oriundo das séries de TV, o primeiro roteiro de Kaufman no cinema é o genial Quero Ser John Malkovich (1999), dirigido por Spike Jonze, no qual um titereiro descobre como entrar na mente do ator John Malkovich! Seu segundo roteiro, Natureza Quase Humana (2001) marca também a estréia do diretor Michel Gondry e é uma bela sátira comparando homem selvagem com homem moderno. Não contém sua metalinguagem característica, mas é repleto de muitas outras figuras de linguagem, uma espécie de marca registrada linguística em seus roteiros. Ainda não tinha visto, assisti apenas essa semana e recomendo! Nos lembra de como este mundo está louco. Em seguida, cria o não menos que brilhante Adaptação (2002), nova parceria com Spike Jonze, que narra a história de dois irmãos gêmeos (um, aliás, se chama Charlie Kaufman) roteiristas de cinema, e suas diferenças e neuroses (excelentes atuações de Meryl Streep e do sempre ótimo Chris Cooper, ambos vencedores de Oscar pelo trabalho). Seu quarto roteiro foi Confissões de Uma Mente Perigosa (2002), dirigido (e estrelado) por George Clooney. É o mais fraco dos trabalhos e nem de longe lembra seu brilhantismo. Coloco a culpa em Clooney, claro. =) Mas seu roteiro (que eu não creio ser ele capaz de superar) mais memorável é a segunda parceria com Michel Gondry, Brilho Eterno de Uma Mente sem Lembranças, um de meus filmes favoritos, e que me fez querer ver os demais trabalhos do roteirista. Narra a história de um casal (vivido intensamente por Jim Carrey e Kate Winslet) que acaba optando por esquecer o relacionamento que tiveram através de um processo que apaga memórias.
Pois então, após três roteiros metalinguísticos e dois mais simples (embora um destes ainda metafórico), Kaufman decidiu dirigir seu próximo roteiro. E este é ainda mais repleto de metalinguagem que os predecessores.
Sinédoque, Nova Iorque narra a história do teatrólogo Caden Cotard, um homem confuso e com fortes tendências hipocondríacas que é escolhido para ter um alto orçamento e decide criar em um galpão uma pequena Nova Iorque (daí a figura de linguagem do título) e escalar atores para interpretar os cidadãos comuns, incluindo a si mesmo e às pessoas que permeiam sua vida. O processo é extremamente confuso e logo vemos o intérprete de Caden montando seu próprio galpão e ganhando um ator que o represente, como em um ciclo infinito de repetições, cada vez em menor escala. Como era de se esperar, as histórias se entrelaçam, e logo ninguém (nem personagem nem espectadores) distingue a realidade da peça ou das sub-peças.
Uma idéia absurdamente brilhante e, cinematograficamente falando, é uma obra-prima. Talvez não seja absurdo dizer que desde Fellini o cinema não era presenteado com um autor que fizesse uso tão criativo de metalinguagem.
Dito isto, como não sou (nem pretendo ser) crítico de cinema, não sei ser imparcial, e por alguma razão, o filme não alcançou profundamente o meu coração. Ainda estou indeciso sobre o quanto gostei da obra e a cotação abaixo pode subir.
(4 estrelas em 5)

6) Uma Mãe Trabalhadora (A Working Mom, Bolívia/Israel, 2006). Dirigido por Limor Pinhasov.
Documentário extremamente tocante que narra a história de Marisa, uma boliviana que deixa seus filhos muito pequenos com os pais e vai para Israel, trabalhar arduamente para conseguir algum dinheiro que possa manter seus filhos em boas condições. O documentário tem início quando Marisa retorna para a Bolívia, após 15 anos sem ver suas crianças, uma garota de 16 anos e um rapazinho de 18. O reencontro no aeroporto boliviano é de encher os olhos. Mas, enquanto sua filha se mostra disposta a aprender o que é ter uma mãe, o rapaz parece insatisfeito com a volta dela. E após se acostumar vivendo em um país extremamente organizado como Israel, Marisa não consegue se acostumar novamente ao primitivo terceiro mundo de sua cidade natal, e à desorganização da casa de seus pais. E a narrativa prossegue, acompanhando esse processo árduo de readaptação e a tentativa de Marisa de conquistar seu espaço na vida dos filhos.
(4 estrelas em 5)

7) Ainda Orangotangos (Idem, Brasil, 2007). Dirigido por Gustavo Spolidoro. Com: Karina Kazuê, Lindon Shimizu, Artur José Pinto, Kayodê Silva, Janaína Kremer, Renata de Lélis, Nilsson Asp, Arlete Cunha, Letícia Bertagna.
Eu não sou muito de filmes nacionais, vejo um aqui e outro ali. Mas, entre um filme e outro, achei que deveria ver um. E este já tinha chamado minha atenção pelo título criativo meses atrás. A premissa também parecia interessante: um dia em Porto Alegre acompanhando a vida de 15 personagens, em UM ÚNICO plano-sequência. Então fui conferir o longa de estréia do Gustavo Spolidoro. O fato de ser um único plano é realmente espetacular! Metrô, mercado, ônibus, prédio, festa... um cenário emendando em outro, sem cortes. É muito criativa a passagem de foco de um grupo de personagens a outro. Soube que as filmagens foram realizadas algumas vezes, e eles escolheram o melhor take. A câmera era ligada a um HD portátil para transferir a gravação enquanto ela ia sendo realizada. Imaginem a trabalheira para engendrar algo desse porte. Tudo isso já vale o longa. A história... bem, gostei de alguns personagens, de outros não. É bem cotidiano, então nada começa e nada termina, cada cena é um "meio".
(3 estrelas em 5)

8) Filth and Wisdom (Idem, Reino Unido, 2008). Dirigido por Madonna. Com: Eugene Hutz, Vicky McClure e Holly Weston.
Madonna não é exatamente conhecida como bem-sucedida em seus filmes. Pode ser que se deva ao seu pouco talento para atuação. Ou às suas escolhas de projetos, não sei. Eis que ela decidiu, provavelmente por influência de seu (na época) marido, o diretor de cinema Guy Ritchie, dirigir um longa. Bolou a história, produziu e dirigiu. Não sei como não atuou também. O filme conta a história de três jovens (um rapaz e duas moças) que dividem um apartamento e buscam realizar seus sonhos. Juliette (McClure) trabalha em uma farmácia, mas sonha em ser voluntária na África. Holly (Weston) dança balé, mas precisa de dinheiro. A.K. (Hutz) ajuda a realizar as fantasias eróticas das pessoas em busca de juntar dinheiro para lançar sua banda de punk cigano (!!!). A história não é lá essas coisas, mas possui determinadas cenas muito divertidas. Não é o suficiente para tornar a obra digna de apreciação, mas vale o ingresso. Alguns diálogos criativos, poucos takes com certa originalidade e elenco plausível. O protagonista, Eugene Hutz, é o vocalista da banda Gogol Bordello, uma banda de (oh!) punk cigano, da qual Madonna se tornou fã. Descobri agora que já o vi em um filme, mas não me recordava. Foi no ótimo Uma Vida Iluminada, estrelado por Elijah Wood.
(3 estrelas em 5)

9) Leonera (Idem, Argentina, 2008). Dirigido por Pablo Trapero. Com: Martina Gusman, Laura García, Elli Medeiros e Rodrigo Santoro.
Julia (Gusman) é acusada de assassinar seu namorado e ferir um amigo do casal, e é presa. Contudo, ela está grávida e, graças a este fato, é instalada em uma ala do presídio feminino apenas para mães e filhos. As presas têm direito de viver com seus filhos até que estes completem quatro anos. É um filme muito cru, e que não hesita em mostrar a realidade de uma vida em cárcere. Julia sofre para se acostumar, mas, ao lado de Marta (García), aprende a viver naquele lugar, e a criar seu filho em condições tão precárias. Narrando uma história tocante, o longa é beneficiado pela qualidade técnica da equipe responsável e pelo potencial interpretativo de seus atores. Santoro, em uma participação pequena, não decepciona. Medeiros e García oferecem excelentes performances, mas a bela Martina Gusman é mesmo o grande destaque. Saí do cinema certo de que ela era uma espécie de Angelina Jolie argentina. Interpretação forte (como Angie em Gia ou Garota, Interrompida, por exemplo), e não exatamente parecida, mas com um estilo de beleza similar. Ótimo drama.
(4 estrelas em 5)

10) Glória ao Cineasta (Kantoku - Banzai!, Japão, 2007). Dirigido por Takeshi Kitano. Com: Takeshi Kitano, Tohru Emori, Kayoko Kishimoto e Anne Suzuki.
Decididamente, um filme estranho. Ao menos, pode-se dizer que é uma idéia original. Takeshi Kitano é um conhecido diretor japonês, responsável por alguns sucessos de bilheteria, como o mais recente filme sobre Zatoichi, o samurai cego. Também é conhecido por atuar em seus filmes - no caso de Zatoichi, ele interpreta o próprio. Kitano resolve homenagear os cineastas, e inicia seu filme narrando sua própria busca por um tema para fazer um filme. Cansado de temas relacionados à máfia, passeia entre o terror, a comédia, o drama histórico e o romance, até que uma súbita mistura de todos esses estilos tem início, sobretudo a comédia pastelão. O diretor é trocado por um boneco de si mesmo em várias situações, e há algumas gags típicas do distinto humor japonês, que não soam muito divertidas no mercado ocidental. Vale mais pela originalidade da idéia e por alguns momentos criativos, e algumas cenas que realmente soam como homenagem aos diretores e produtores de filmes, nos quais vemos um pouco do que ocorre por trás da câmera, como um guindaste carregando um objeto de cena.
(3 estrelas em 5)

11) Um Homem Bom (Good, Reino Unido/Alemanha, 2008). Dirigido por Vicente Amorim. Com: Viggo Mortensen, Jason Isaacs, Mark Strong e Jodie Whittaker.
Viggo Mortensen alcançou o estrelato interpretando o heróico Aragorn na biliardária trilogia O Senhor dos Anéis. Ele poderia ter se aproveitado do sucesso para obter salários astronômicos e interpretar heróis de ação em blockbusters hollywoodianos. Contudo, provando seu seletivo gosto para roteiros, Mortensen escolheu apenas filmes de orçamento reduzido e menor expressividade, mas nos quais pudesse exaltar seus dotes como ator. Então fez filmes como História de Violência e Senhores do Crime, ambos de David Cronenberg. Um Homem Bom, dirigido pelo brasileiro Vicente Amorim, é mais um exemplar do gênero, com orçamento não tão grande e um público completamente distinto das massas que lotam as sessões dos blockbusters.
Um Homem Bom conta a história de John Halder, um professor alemão nos anos 30, em meio à ditadura de Hitler, e no início da II Guerra Mundial. Estritamente um homem pacífico e com opiniões divergentes às do Partido, Halder chama a atenção dos homens do Führer graças a um romance que escreveu. Temendo ser punido cruelmente, Halder aceita escrever um artigo sobre eutanásia para um grupo do Partido, e logo se vê preso a uma cadeia inevitável de eventos, um caminho sem retorno que pode se tornar perigoso sobretudo para seu amigo Maurice, um alemão de origem judaica. Oferecendo mais um excelente desempenho (seu papel em Senhores do Crime é emblemático), Mortensen prova sua versatilidade, interpretando um homem contido e que dificilmente deixa transparecer seus sentimentos, apenas através de nuances que nos permitem enxergar seu sofrimento e desespero. O arco narrativo da história também é interessante (baseada em livro de C. P. Taylor), e todo o elenco de apoio corresponde às expectativas. O filme se encerra de maneira inesperada, o que pode inquietar alguns espectadores. Como não li a obra original, não posso dizer se esta também se encerra da mesma forma. Um filme que vale a pena ser apreciado, mas apenas por aqueles com sensibilidade para dramas.
(4 estrelas em 5)



Queria ter tido tempo de ver mais filmes, mas fiquei extremamente satisfeito com a maioria das minhas escolhas, e ansioso pelo próximo ano. Ah, não posso deixar de contar que a pipoca era de graça durante todos os dias do festival! =)

domingo, 16 de novembro de 2008

Pôr-do-sol

Acabo de tirar essas fotos do pôr-do-sol de Brasília, da janela do meu apartamento. Depois de frio, calor, sol e chuva, nada como um belo ocaso para encerrar um dia comum no clima brasiliense.



Infelizmente, notamos (eu e minha mãe) o pôr-do-sol apenas após o astro-rei ter se escondido, senão eu teria outras belas fotos.

Até mais!

P.S.: estou escrevendo um post há uma semana, assim que terminá-lo, vocês o verão. Ando muito sem tempo, então não reparem a demora! =)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Goiânia, compras e parques

Olá a todos!

Passei o final de semana 07-09 de novembro em Goiânia, aproveitando uma oportuna folga na sexta-feira para conhecer a capital de Goiás.


(O destino)

Embarquei na sexta cedo da manhã com minha mãe e meu amigo Cláudio, que está de férias e aproveitou para nos acompanhar. Todos tínhamos duas intenções: conhecer a cidade e aproveitar para comprar algumas peças de vestuário, pois Goiânia possui a fama de ter bons preços nesse setor de consumo.

(Meus três companheiros de viagem: Cláudio, mãe e o carro)

Pois bem, na semana anterior resolvi adquirir um Guia Quatro Rodas, para me incentivar a pegar mais a estrada com meu carrinho. Goiás tem muitos atrativos naturais, e espero conhecer alguns deles no próximo ano. Até então eu só conhecia a pitoresca e histórica Pirenópolis. Mas agora quero ir pelo menos até a Chapada dos Veadeiros (e a mística cidade Alto Paraíso, que fica vizinha ao parque) e a Caldas Novas (conhecida cidade de piscinas termais).
De posse do meu guia, conversei com uma colega de trabalho goiana, que me deu dicas da entrada da cidade, do caminho ao hotel, e de mais alguns passeios interessantes.
Descobrindo que o mapa do Guia não era tão detalhado, imprimi mais alguns trechos de mapas obtidos na Internet (graças ao Google Maps e à Wikimapia) e embarquei na viagem, mas não sem antes receber vários alertas sobre as dificuldades para encontrar caminhos na cidade.

Logo no caminho, paramos na Lanchonete e Restaurante Jerivá, uma recomendação de outra colega, para complementar o apressado café-da-manhã. Já comecei minha incursão por Goiás comendo um Empadão Goiano (para quem não conhece, trata-se de uma empada crescida, com frango, linguiça apimentada e queijo, além de milho-verde, ervilha, azeitonas e, tradicionalmente, palmito de Guariroba).

A estrada é tranquila, duplicada durante todo o percurso, e logo avistamos os primeiros sinais da cidade. Segui as dicas da minha colega e, após driblar um pequeno percalço após não conseguir virar à esquerda em um viaduto e ter que, auxiliado pelo mapa, obter outra forma de chegar ao mesmo ponto, chegamos à pousada sem grandes dificuldades.

(Marketing gratuito)

A pousada era aconchegante. Nada luxuoso, mas suficiente para descansar à noite e tomar o desjejum, já que nosso objetivo era curtir a cidade e estar na pousada apenas para dormir. O calor da cidade na sexta perto da metade do dia era insuportável. Tomamos um refrescante banho e fomos a pé almoçar no Goiânia Shopping, próximo da pousada.
Pela tarde, nova aventura: chegar à Avenida Bernardo Sayão, famoso centro lojista da cidade, onde, de acordo com todos, era o melhor lugar para comprar roupas. A rua parece não ter fim, coalhada de lojas que, não achando suficiente, também se espalharam pelas perpendiculares, formando um verdadeiro shopping a céu aberto, com a desvantagem de não ter ar-condicionado.
Seguindo o mapa, chegamos ao local de maneira mais fácil do que eu imaginara. Ainda consegui comprar algumas coisas, mas logo estávamos exaustos e as lojas fechando, pois eram 18:00. O caminho de volta foi mais complicado que o da ida, pois eu decidi ir pelo lado oposto para explorar novas localizações. Mas, posso até não ser muito orientado geograficamente, mas sei ler um mapa razoavelmente bem. Então, chegamos à pousada sem precisar pedir informações aos transeuntes.
Fechamos a sexta com uma pizza em frente ao Parque Vaca Brava, também próximo ao nosso local de repouso.

Sábado tiramos o dia para passear no Shopping Flamboyant (que tem esse nome graças à belíssima árvore que ilumina a árida vegetação do Cerrado)! Mais andanças, mais compras, mais cansaço, com direito a almoço num saboroso self-service árabe e a uma sessão de cinema (para conhecer as salas da cidade, hehehehe), o novo filme do 007 (a propósito, divertido, mas inferior ao ótimo Cassino Royale. Contudo, trouxe à fama - espero - a belíssima ucraniana Olga Kurylenko).

(Na bela decoração natalina do Shopping Flamboyant)

Para encerrar o cansativo dia, fomos à Feira da Lua, uma feira ao ar-livre com barracas de vestuário a perder de vista, concentradas em duas praças centrais de Goiânia (a Almirante Tamandaré e a Almirante Lopes de Moraes). Além das roupas, havia dezenas de barracas de comidas, variando desde pizza e pastel a galinhada (com Pequi, um prato típico goiano) e tortas doces. Comemos besteiras, tomamos deliciosos sucos naturais e fechamos com sorvetes de frutas do Cerrado (eu de Ariticum e mãe e Cláudio de Mutamba - eu sei que vocês nunca ouviram falar =P).

Domingo arrumamos a bagagem na mala (com volume dobrado pelas compras), nos despedimos da pousada e fomos concluir os passeios. Começamos o dia com uma volta pelo Parque Vaca Brava.

(Na beira do lago do Parque Vaca Brava)

Em seguida deixei o carro nas proximidades da Praça Almirante Tamandaré e fomos ao Bosque dos Buritis (que tem esse nome graças ao Buriti, uma árvore próxima das palmeiras e coqueiros, muito comum no Cerrado e que também nomeia o Palácio do Governo do Distrito Federal), um parque tranquilo e repleto de vida.

(Observando uma escultura totêmica no Bosque dos Buritis)

O parque possui muitas plantas do Cerrado, três lagos, um circuito das águas, várias tartarugas, uma imponente garça, além de alguns patos e outras aves.


(Tartarugas em seu banho de sol)


(Circuito das Águas - que liga um lago a outro)


(A senhora garça buscando seu almoço no lago)

Já passava da uma da tarde quando fomos à Avenida República do Líbano, próxima do Bosque, conhecer o famoso restaurante Chão Nativo e comer a verdadeira comida goiana. Para encerrar a viagem, Praça do Sol para conhecer a Feira do Sol (e comer uma fatia de torta na alardeada barraca dos Doces Peruanos - nem tão fabulosa assim, mas ainda saborosa). Tempinho para as últimas compras (mãe e Cláudio - eu já estava exausto).

Pegamos a estrada de volta e, assim, encerramos nosso passeio turístico à Goiânia. Foi cansativo (ainda estou cansado), mas valeu a pena.

E vocês? Que passeios têm feito?